CURSO:
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
Disciplina:
Estágio Supervisionado em Geografia IV
Profª:
Dolores Bastos de Araújo Hayne de Oliveira
Pólo:
Euclides da Cunha
Graduanda:
Rudenildes de Souza e Maria da Conceição dos Santos
PROJETO DE ATIVIDADE DE CAMPO:
GERAÇÃO
DE ENERGIA ELÉTRICA E O MEIO AMBIENTE
Sumário
Geração de energia elétrica e o meio ambiente
INTRODUÇÃO
A energia pode ter várias formas
(calorífica, cinética, elétrica, eletromagnética, mecânica, potencial, química,
radiante), transformáveis umas nas outras, e cada uma capaz de provocar
fenômenos bem determinados e característicos nos sistemas físicos. Em todas as
transformações de energia há completa conservação dela, a energia não pode ser
criada, mas apenas transformada (primeiro princípio da termodinâmica). A massa
de um corpo pode-se transformar em energia, e a energia sob forma radiante pode
transformar-se em um corpúsculo com massa.
A energia flui de forma contínua,
em ambas direções, através do meio que rodeia a Terra. A fonte principal de
energia é a radiação do Sol, acrescida de pequenas quantidades de calor
provindas do interior do planeta e da energia das marés devidas à interação
gravitacional da Terra com o Sol e a Lua. Da radiação solar, aproximadamente
trinta por cento é refletida de volta para o espaço. Quase cinquenta por cento
é absorvida pela atmosfera, pela a superfície terrestre e pelos oceanos e
convertida em calor. Alguma coisa por volta de vinte por cento participa nos
ciclos hidrológicos (evaporação, precipitação e circulação da água); resta uma
pequena fração causadora dos ventos e das ondas do mar, sendo uma fração ainda
menor a que se incorpora à biomassa do planeta, através do processo de
fotossíntese que acontece nas folhas verdes das plantas.
Tendo em vista este fim, a visita a uma hidrelétrica pode
ser uma possibilidade de alunos e professores construírem uma série de
conceitos e estudarem conteúdos de diversas áreas do conhecimento.
APRESENTAÇÃO
Este projeto visa colocar de forma
clara e objetiva as informações necessárias a um melhor entendimento e
conhecimento do que se pretende realizar na atividade prática de campo dos
conteúdos teóricos referente à disciplina de Geografia para os alunos do
terceiro ano B matutino do Colégio Estadual Flaviano Dantas do Nascimento,
organizada pelas estagiarias: Maria da Conceição dos Santos e Rudenildes de
Souza com o apoio do professor regente Júlio Matos dos Santos.
A data para a realização desta
atividade está prevista para o dia 26 de setembro de 2015 na CHESF de Paulo
Afonso, localizada na cidade de Paulo Afonso. Contudo, esta atividade não
pretende se limitar apenas a visita a esse determinado lugar. Ela pretende também,
fazer uma análise das vantagens e desvantagens da produção de energia elétrica.
OBJETIVO GERAL
Avaliar os impactos sociais, ambientais e econômicos
resultantes da criação de sistemas de produção de energia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
Entender o que é energia, identificando suas
diferentes formas presentes no cotidiano;
·
Diferenciar as manifestações naturais daquelas
transformadas pela ação do homem;
·
Identificar e relacionar as várias formas de
energia: gravitacional, elétrica, calorífica.
JUSTIFICATIVA
Tendo como objetivo ampliar os estudos feitos em sala de
aula, e, considerando os conteúdos propostos no currículo escolar do ensino
básico, incluindo os temas tradicionais de geografia ou os transversais, a
proposta de uma aula de campo para CHESF de Paulo Afonso poderá contribuir para
a formação dos alunos em qualquer nível de ensino
A construção da usina hidrelétrica de Paulo Afonso implicou
em impactos significativos e transformações do espaço envolvendo questões
ambientais, socioeconômicas, cultuais, dentre outras, refletindo explicitamente
na paisagem local e do seu entorno. Esse cenário nos permite explorar inúmeros
temas e conteúdos geográficos trabalhados em sala de aula. Considerando a
riqueza geográfica dessa região destacaremos aqui algumas temáticas pertinentes
ao currículo de Geografia e, que possam ser exploradas em aulas de campo na
região em foco. Para tanto, recorremos aos PCN na busca de fazermos um
levantamento dessas temáticas. Neste caso, há uma significativa variedade de
temas e conteúdos propostos nesse documento, e que podem ser explorados na área
indicada para o estudo, assim como em outras áreas com características comuns.
Compreendemos que uma aula de campo na região por nós
proposta é imprescindível para a análise da paisagem e da dinâmica territorial,
econômica e cultural desse lugar. Para nós, a aula de campo compreende três
fases: a) levantamento de informações (caracterização geral da área) para a
elaboração de um material de apoio a ser utilizado no campo e um levantamento
de instituições ou pessoas que possam apoiar e direcionar o grupo em campo
(viabilizações logísticas); b) as atividades extraclasses, que compreendem o momento
desde a saída da escola, trajeto (ida e volta e as atividades In loco; e c) o
momento do retorno, que deverá reunir um “mix” das duas fases anteriores, de
forma que alunos e professores possam fazer comparações, questionamentos e expressar
as diferentes percepções do grupo.
METODOLOGIA
O professor poderá refletir com os alunos sobre as
transformações do espaço provocado por uma obra como uma hidrelétrica, abordando
os impactos negativos supracitados, entre outros, mas também observar que
grupos sociais foram beneficiados com esta construção. Para tanto, é necessário
discutir o desenvolvimento econômico do Nordeste e a necessidade de geração de
energia para a produção industrial, agrícola e para o consumo doméstico. Cada
aluno poderá assim, expressar suas impressões iniciais sobre a temática em questão.
Em seguida alunos e professores devem buscar fontes
bibliográficas sobre o tema, neste caso, a leitura de textos sobre a economia
nordestina será bem adequado. Em sequência é necessário estudar o desenvolvimento
urbano e a necessidade de produção de energia no Brasil, para que o aluno tenha
um conhecimento aprofundado do objeto de estudo dessa pesquisa escolar.
O passo seguinte é organizar a turma em grupos e fazer a
leitura dos textos a partir de questionamentos que podem favorecer o
estabelecimento de hipóteses que nortearão o olhar do aluno sobre o tema em
questão. Neste caso perguntas introdutórias podem ser trazidas pelo professor
para que os grupos possam buscar respostas na bibliografia já lida: O que levou
o governo brasileiro a construir aquela hidrelétrica? Quais os problemas
decorrentes desta construção? Como se organizava a economia da região no passado
e atualmente? O que mudou nesta cidade após a construção da barragem? Além de
outros questionamentos, que levarão a reflexão da realidade a partir da
experiência in loco.
Em seguida devem ser formuladas as hipóteses pelos grupos;
estabelecidas as normas de conduta acertadas na sala de aula; o roteiro de
viagem com todos os detalhes; além de outros que sejam necessários. Por fim,
folhas em branco, para que os participantes possam registrar de forma escrita todas
as informações, impressões e curiosidades sobre a saída. Esse caderno de campo
será uma espécie de diário de viagem ou diário de campo, que deverá ser
utilizado pelo aluno durante todos os momentos do estudo do meio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diversificar as metodologias de ensino significa tornar a
Geografia mais reflexiva e crítica. O uso de estratégias metodológicas como o
estudo do meio e aula de campo permite aguçar a curiosidade do grupo
(professores e alunos) envolvidos nessa atividade, além de unir conteúdos
escolares a realidade cotidiana desses sujeitos. Constatamos, a partir da
experiência vivida no campo, que a visita a uma hidrelétrica pode possibilitar
ao aluno ter uma noção da grandiosidade de uma construção como esta, tendo em
vista que, geralmente, ele a conhece somente por meio de fotografias em livros
ou revistas e por imagens de TV (noticiários e filmes). Além disso, percebemos
quanto isto representa em termos de abastecimento de cidades, além de
evidenciarem na prática como efetivamente se produz energia e, ainda, o papel
da usina para a região Nordeste e para o Brasil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE.
M.A.M. Século de prática de ensino de geografia: permanências e mudanças. In.
REGO. N. et al. (Org.). Geografia: práticas pedagógicas para o ensino médio.
Porto Alegre: Penso, 2011.
BRASIL.
Parâmetros Curriculares Nacionais – História e Geografia.
LLARENA,
M. A. A. O estudo do meio como uma alternativa metodológica para abordagem de
problemas ambientais urbanos na educação básica. Dissertação (mestrado em
Geografia). João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário