segunda-feira, 21 de setembro de 2015

PROJETO DE ATIVIDADE DE CAMPO



CURSO: LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
Disciplina: Estágio Supervisionado em Geografia IV
Profª: Dolores Bastos de Araújo Hayne de Oliveira
Pólo: Euclides da Cunha
Graduanda: Rudenildes de Souza e Maria da Conceição dos Santos




PROJETO DE ATIVIDADE DE CAMPO: 
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E O MEIO AMBIENTE

 

Sumário


  Tema:
Geração de energia elétrica e o meio ambiente

INTRODUÇÃO

A energia pode ter várias formas (calorífica, cinética, elétrica, eletromagnética, mecânica, potencial, química, radiante), transformáveis umas nas outras, e cada uma capaz de provocar fenômenos bem determinados e característicos nos sistemas físicos. Em todas as transformações de energia há completa conservação dela, a energia não pode ser criada, mas apenas transformada (primeiro princípio da termodinâmica). A massa de um corpo pode-se transformar em energia, e a energia sob forma radiante pode transformar-se em um corpúsculo com massa.
A energia flui de forma contínua, em ambas direções, através do meio que rodeia a Terra. A fonte principal de energia é a radiação do Sol, acrescida de pequenas quantidades de calor provindas do interior do planeta e da energia das marés devidas à interação gravitacional da Terra com o Sol e a Lua. Da radiação solar, aproximadamente trinta por cento é refletida de volta para o espaço. Quase cinquenta por cento é absorvida pela atmosfera, pela a superfície terrestre e pelos oceanos e convertida em calor. Alguma coisa por volta de vinte por cento participa nos ciclos hidrológicos (evaporação, precipitação e circulação da água); resta uma pequena fração causadora dos ventos e das ondas do mar, sendo uma fração ainda menor a que se incorpora à biomassa do planeta, através do processo de fotossíntese que acontece nas folhas verdes das plantas.
Tendo em vista este fim, a visita a uma hidrelétrica pode ser uma possibilidade de alunos e professores construírem uma série de conceitos e estudarem conteúdos de diversas áreas do conhecimento.

APRESENTAÇÃO

Este projeto visa colocar de forma clara e objetiva as informações necessárias a um melhor entendimento e conhecimento do que se pretende realizar na atividade prática de campo dos conteúdos teóricos referente à disciplina de Geografia para os alunos do terceiro ano B matutino do Colégio Estadual Flaviano Dantas do Nascimento, organizada pelas estagiarias: Maria da Conceição dos Santos e Rudenildes de Souza com o apoio do professor regente Júlio Matos dos Santos.
A data para a realização desta atividade está prevista para o dia 26 de setembro de 2015 na CHESF de Paulo Afonso, localizada na cidade de Paulo Afonso. Contudo, esta atividade não pretende se limitar apenas a visita a esse determinado lugar. Ela pretende também, fazer uma análise das vantagens e desvantagens da produção de energia elétrica.


OBJETIVO GERAL


Avaliar os impactos sociais, ambientais e econômicos resultantes da criação de sistemas de produção de energia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

·         Entender o que é energia, identificando suas diferentes formas presentes no cotidiano;
·         Diferenciar as manifestações naturais daquelas transformadas pela ação do homem;
·         Identificar e relacionar as várias formas de energia: gravitacional, elétrica, calorífica.

JUSTIFICATIVA


Tendo como objetivo ampliar os estudos feitos em sala de aula, e, considerando os conteúdos propostos no currículo escolar do ensino básico, incluindo os temas tradicionais de geografia ou os transversais, a proposta de uma aula de campo para CHESF de Paulo Afonso poderá contribuir para a formação dos alunos em qualquer nível de ensino
A construção da usina hidrelétrica de Paulo Afonso implicou em impactos significativos e transformações do espaço envolvendo questões ambientais, socioeconômicas, cultuais, dentre outras, refletindo explicitamente na paisagem local e do seu entorno. Esse cenário nos permite explorar inúmeros temas e conteúdos geográficos trabalhados em sala de aula. Considerando a riqueza geográfica dessa região destacaremos aqui algumas temáticas pertinentes ao currículo de Geografia e, que possam ser exploradas em aulas de campo na região em foco. Para tanto, recorremos aos PCN na busca de fazermos um levantamento dessas temáticas. Neste caso, há uma significativa variedade de temas e conteúdos propostos nesse documento, e que podem ser explorados na área indicada para o estudo, assim como em outras áreas com características comuns.
Compreendemos que uma aula de campo na região por nós proposta é imprescindível para a análise da paisagem e da dinâmica territorial, econômica e cultural desse lugar. Para nós, a aula de campo compreende três fases: a) levantamento de informações (caracterização geral da área) para a elaboração de um material de apoio a ser utilizado no campo e um levantamento de instituições ou pessoas que possam apoiar e direcionar o grupo em campo (viabilizações logísticas); b) as atividades extraclasses, que compreendem o momento desde a saída da escola, trajeto (ida e volta e as atividades In loco; e c) o momento do retorno, que deverá reunir um “mix” das duas fases anteriores, de forma que alunos e professores possam fazer comparações, questionamentos e expressar as diferentes percepções do grupo.

METODOLOGIA


O professor poderá refletir com os alunos sobre as transformações do espaço provocado por uma obra como uma hidrelétrica, abordando os impactos negativos supracitados, entre outros, mas também observar que grupos sociais foram beneficiados com esta construção. Para tanto, é necessário discutir o desenvolvimento econômico do Nordeste e a necessidade de geração de energia para a produção industrial, agrícola e para o consumo doméstico. Cada aluno poderá assim, expressar suas impressões iniciais sobre a temática em questão.
Em seguida alunos e professores devem buscar fontes bibliográficas sobre o tema, neste caso, a leitura de textos sobre a economia nordestina será bem adequado. Em sequência é necessário estudar o desenvolvimento urbano e a necessidade de produção de energia no Brasil, para que o aluno tenha um conhecimento aprofundado do objeto de estudo dessa pesquisa escolar.
O passo seguinte é organizar a turma em grupos e fazer a leitura dos textos a partir de questionamentos que podem favorecer o estabelecimento de hipóteses que nortearão o olhar do aluno sobre o tema em questão. Neste caso perguntas introdutórias podem ser trazidas pelo professor para que os grupos possam buscar respostas na bibliografia já lida: O que levou o governo brasileiro a construir aquela hidrelétrica? Quais os problemas decorrentes desta construção? Como se organizava a economia da região no passado e atualmente? O que mudou nesta cidade após a construção da barragem? Além de outros questionamentos, que levarão a reflexão da realidade a partir da experiência in loco.
Em seguida devem ser formuladas as hipóteses pelos grupos; estabelecidas as normas de conduta acertadas na sala de aula; o roteiro de viagem com todos os detalhes; além de outros que sejam necessários. Por fim, folhas em branco, para que os participantes possam registrar de forma escrita todas as informações, impressões e curiosidades sobre a saída. Esse caderno de campo será uma espécie de diário de viagem ou diário de campo, que deverá ser utilizado pelo aluno durante todos os momentos do estudo do meio.

CONSIDERAÇÕES FINAIS


Diversificar as metodologias de ensino significa tornar a Geografia mais reflexiva e crítica. O uso de estratégias metodológicas como o estudo do meio e aula de campo permite aguçar a curiosidade do grupo (professores e alunos) envolvidos nessa atividade, além de unir conteúdos escolares a realidade cotidiana desses sujeitos. Constatamos, a partir da experiência vivida no campo, que a visita a uma hidrelétrica pode possibilitar ao aluno ter uma noção da grandiosidade de uma construção como esta, tendo em vista que, geralmente, ele a conhece somente por meio de fotografias em livros ou revistas e por imagens de TV (noticiários e filmes). Além disso, percebemos quanto isto representa em termos de abastecimento de cidades, além de evidenciarem na prática como efetivamente se produz energia e, ainda, o papel da usina para a região Nordeste e para o Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ALBUQUERQUE. M.A.M. Século de prática de ensino de geografia: permanências e mudanças. In. REGO. N. et al. (Org.). Geografia: práticas pedagógicas para o ensino médio. Porto Alegre: Penso, 2011.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – História e Geografia.
LLARENA, M. A. A. O estudo do meio como uma alternativa metodológica para abordagem de problemas ambientais urbanos na educação básica. Dissertação (mestrado em Geografia). João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2009.

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